quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

EM SAREPTA.

EM SAREPTA.
(II REIS 4:1-17).

Oh! Que tardinha confusa!
Tardinha que não traz fiúza,
Uma tardinha lívida e má!
Tardinha saudosa,
Tardinha assombrosa
Para a viúva que ali está.

Uma viúva triste, angustiada,
Enfrenta a seca e desconsolada,
Sente-se envelhecida!
Nos olhos já não há brilho,
Segurando a mão do filho,
Apanha lenha,
Cozerá a última comida!



Ergue a cabeça e vê distante,
Alguém, Aproxima-se e num instante,
Transmite um recado do céu:
Venho de Querite,
Frontreira ao Jordão
Milagrosamente, comi carne e pão!
Corvos, trouxeram...
Não vivem ao léo!

Mas a torrente secou!
A voz divina a mim soou:
Vai à Sarepta em Sidon!
Ordenei a uma viúva que te sustente,
Fará comida para o vidente,
Que decretou seca em alto som!

Traz-me água para beber,
E pão para comer.
Ao que ela respondeu:
Cozido!? Não tenho nada!
Sou viúva e estou fadada
A morrer de fome, entendeu?

O recurso foi definhado,
Da farinha há um punhado,
Para um bolo assar!
Com o último azeite
Não haverá mais deleite,
Até a seca acabar!

Não temas! Fala o profeta.
O Senhor tem sua meta,
Ele é Deus de poder!
Na panela farinha não acabará,
Na botija azeite não faltará
Até que volte a chover!

Faça primeiro para mim,
Depois para vocês e assim...
Serás recipiente dos cuidados divinos,
Dar e receber na fé cristã,
Traduz alegria e vida sã.
E frutos terás dos seus ensinos!

A viúva obedece atentamente,
Milagre!Desaparece a voz plangente,
Há paz, alegria,providência!
Tem sido assim e será,
Para quem a Deus primeiro dá,
Para quem vive em obediência!

Se fosses a Sarepta meu irmão?
E visses a viúva flébil, sem pão
Sem destino, mórbida, carente,
Olharia para ela com amor?
Sentirias também a sua dor?
Serias um amigo conseqüente?

Estando em Querite, Sarepta, Fortaleza
Haverá sempre viúvas com certeza,
E menino exânime ou morfético,
Da fome, do abandono, do pecado...

Que atendamos de  Deus,
O seu chamado,
Que atendamos o mover profético!
Do "menino" segura a mão,
E dele se fará grande nação,
Deus assim o diz!
Saciando-lhe a sede!
Da "Água Viva" vede!
Fazemos um povo feliz!

(Do livro "Meu Florilégio" das autoras: Osmarina e Vitória).
(Editora Prêmius)




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